Justiça de Portugal Mantém DJ Brasileira Detida Acusada de Chefiar Rede de Prostituição

Abidan Eldred
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A justiça portuguesa decidiu manter a prisão preventiva de Regina Episcopo, conhecida no meio musical como DJ Rebeka Episcopo. A DJ brasileira foi detida durante a operação policial denominada “Last Massage”, realizada no dia 1 de abril em Lisboa, e é acusada de liderar uma rede de prostituição que operava em território europeu. Este caso ganhou grande repercussão em Portugal e no Brasil, dada a gravidade das acusações e a ligação de Rebeka ao mundo da música e da alta sociedade.

A prisão de Rebeka foi o resultado de uma investigação aprofundada da Polícia de Segurança Pública de Portugal (PSP), que revelou não só o envolvimento da DJ com a exploração sexual, mas também atividades criminosas relacionadas com a evasão fiscal e fraude previdenciária no país. A operação “Last Massage” identificou seis indivíduos envolvidos no esquema, sendo que três deles, incluindo Rebeka, tiveram prisão preventiva decretada, enquanto os outros três terão de se apresentar periodicamente à justiça. A detenção de Rebeka expôs uma rede criminosa infiltrada em vários sectores da sociedade portuguesa.

Além da prisão de Rebeka, outro nome que se destacou foi o de uma brasileira, cuja identidade foi mantida em sigilo, mas que também teve a prisão preventiva decretada. A operação resultou em apreensões substanciais, incluindo mais de 107 mil euros em espécie, cheques bancários no valor de 10 mil euros e documentos que comprovam a atuação do grupo criminoso. O impacto da operação foi imediato, com várias autoridades e a população questionando a extensão das actividades ilegais que estavam a ser desenvolvidas em Portugal, especialmente em Lisboa e Cascais, cidades no centro das investigações.

De acordo com os relatos da Polícia de Segurança Pública, durante a operação, as forças de segurança apreenderam uma quantidade considerável de material, como armas de fogo, munições, telemóveis, tablets, computadores e outros dispositivos de comunicação, que comprovam a complexidade da rede de prostituição e as estratégias usadas pelo grupo para operar sem ser detectado. A apreensão dessas evidências fortaleceu ainda mais as acusações contra Rebeka e os seus supostos cúmplices, e a polícia continua a investigar a fundo todas as ramificações da rede.

Rebeka Episcopo, DJ de renome internacional, tem uma trajectória marcada pela sua actuação na música electrónica e a sua presença em eventos de prestígio em todo o mundo. Natural de Dourados, no estado de Mato Grosso do Sul, Rebeka reside na Europa há mais de três décadas. Além da sua carreira como DJ, é empresária e proprietária de unidades do Nuru Spa em Lisboa e Cascais. O seu empreendimento é conhecido por oferecer terapias sensoriais e experiências de relaxamento, mas, segundo as investigações, estaria também envolvido em actividades ilícitas, funcionando como uma fachada para operações criminosas.

Nas suas redes sociais, Rebeka contava com mais de 65 mil seguidores e partilhava frequentemente detalhes da sua vida pessoal e profissional. Contudo, com a recente prisão, essa imagem de empresária de sucesso foi completamente abalada, e muitas pessoas ficaram chocadas ao descobrir que, por trás do glamour das apresentações e do sucesso nas redes sociais, poderia existir uma rede criminosa envolvida em graves acusações. O contraste entre a imagem pública de Rebeka e as alegações feitas pela polícia levantou questões sobre a atuação de celebridades e empresários no cenário europeu.

Além da sua actividade como DJ e empresária, Rebeka também era conhecida como modelo internacional, o que a colocava em contacto com figuras de alta influência e poder. Contudo, o seu nome passou a ser associado a algo muito mais sombrio após o desfecho da operação policial. O envolvimento de outras brasileiras na mesma investigação levanta a hipótese de que a rede de prostituição poderia ser mais ampla, com ramificações que ultrapassam fronteiras, possivelmente conectando diversas partes da Europa e outros continentes.

Com a prisão de Rebeka e o andamento das investigações, a justiça portuguesa tenta esclarecer todos os detalhes deste caso. A actuação das autoridades não se limita à desarticulação da rede de prostituição, mas também busca responsabilizar todos os envolvidos em actividades criminosas, como a evasão fiscal e fraudes previdenciárias. A polícia continua a monitorizar as acções dos outros membros do grupo, enquanto a sociedade aguarda os próximos desenvolvimentos deste caso que trouxe à tona uma rede de crimes num sector onde o luxo e o entretenimento muitas vezes mascaram práticas ilegais.

Este episódio lança luz sobre o funcionamento de redes criminosas que se disfarçam sob o glamour e a aparência de negócios legítimos, como o caso de Rebeka Episcopo, que agora enfrenta sérias acusações e terá de responder perante a justiça portuguesa. A prisão da DJ brasileira é apenas o começo de um processo judicial que poderá revelar outros envolvidos e desmantelar operações semelhantes em várias partes do mundo.

Autor: Abidan Elphine

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