Oluwatosin Tolulope Ajidahun explica que muitas mulheres que utilizam anticoncepcionais hormonais por longos períodos têm dúvidas sobre o impacto desse uso na capacidade de engravidar no futuro. Apesar de serem métodos altamente eficazes para evitar gestação, existe uma preocupação recorrente sobre a possibilidade de demora para a retomada da fertilidade após a suspensão dos contraceptivos. Estudos científicos têm avaliado essa questão de forma abrangente, trazendo informações importantes tanto para mulheres quanto para especialistas em medicina reprodutiva.
Como os anticoncepcionais hormonais atuam no organismo
Os anticoncepcionais hormonais, como pílulas combinadas, adesivos, anéis vaginais, injeções ou implantes, funcionam principalmente através da inibição da ovulação. Ao reduzir a produção dos hormônios gonadotróficos, essas medicações impedem que o ovário libere o óvulo, além de provocar alterações no muco cervical e no endométrio, dificultando a penetração dos espermatozoides e a implantação embrionária.
Tosyn Lopes evidencia que essas mudanças são completamente reversíveis, o que significa que, ao interromper o uso dos métodos hormonais, o organismo tende a retomar sua função natural. No entanto, o tempo necessário para que a ovulação se restabeleça pode variar de mulher para mulher, dependendo de fatores como idade, estado geral de saúde e histórico menstrual antes do uso dos contraceptivos.
Tempo médio para o retorno da fertilidade
Para a maioria das mulheres, a fertilidade retorna rapidamente após a interrupção do método contraceptivo. Em usuárias de pílulas combinadas, por exemplo, a ovulação geralmente se restabelece em poucas semanas, e muitas conseguem engravidar já no primeiro ciclo menstrual. Contudo, algumas mulheres podem levar alguns meses até que o ciclo ovulatório regular seja retomado, sem que isso signifique infertilidade definitiva.
Conforme observa Oluwatosin Tolulope Ajidahun, métodos hormonais de longa duração, como o implante subdérmico ou as injeções trimestrais de progesterona, podem provocar um atraso maior no retorno da fertilidade, chegando a alguns meses ou até um ano em certos casos. Essa informação é relevante para mulheres que planejam gestação a curto prazo, pois o planejamento pré-concepcional deve considerar o tempo que o organismo pode levar para restabelecer o ciclo natural.

Fatores que influenciam o retorno da fertilidade
Diversos fatores podem impactar a velocidade com que a fertilidade retorna após a suspensão dos anticoncepcionais hormonais. A idade da mulher é um elemento determinante, já que, com o avanço dos anos, ocorre naturalmente uma redução da reserva ovariana e da qualidade dos óvulos. Mulheres acima de 35 anos podem enfrentar maior dificuldade para engravidar, independentemente do uso prévio de contraceptivos.
Tosyn Lopes frisa que, em alguns casos, a ausência de ovulação após interromper o método hormonal pode revelar condições pré-existentes, como síndrome dos ovários policísticos (SOP) ou outras disfunções hormonais, que ficavam mascaradas durante o uso do anticoncepcional. Por isso, mulheres que não retomam ciclos menstruais regulares após três a seis meses da suspensão devem buscar avaliação médica especializada para investigar possíveis causas.
Importância do acompanhamento médico na transição para a gestação
De acordo com Oluwatosin Tolulope Ajidahun, o acompanhamento médico é essencial para mulheres que desejam engravidar após longos períodos de contracepção hormonal. Uma consulta pré-concepcional permite avaliar o histórico de saúde, identificar possíveis fatores de risco e orientar sobre o melhor momento para iniciar as tentativas de gravidez. Além disso, exames hormonais podem ser solicitados para verificar se a ovulação foi retomada adequadamente.
Tosyn Lopes comenta que, embora o uso prolongado de anticoncepcionais hormonais não cause infertilidade permanente, é fundamental planejar a gestação com antecedência. O diálogo entre a paciente e o médico ajuda a definir estratégias seguras e personalizadas, aumentando as chances de uma concepção bem-sucedida e garantindo saúde tanto para a mãe quanto para o futuro bebê.
Autor: Abidan Eldred
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